quarta-feira, 30 de novembro de 2011

17ª Conferência das Partes (COP) do Clima

Conferência das Partes (COP): COP do clima é a Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima.
O Brasil participa, de 28 de novembro a 9 de dezembro, da 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-17), que acontece em Durban, na África do Sul.
O evento reúne representantes de governos de todo o mundo, organizações internacionais e representantes da sociedade civil.
O objetivo das discussões é buscar avançar, de forma equilibrada, na implementação da Convenção e do Protocolo de Kyoto; bem como no Plano de Ação de Bali, que foi acordado na COP 13, em 2007; além dos Acordos de Cancun, alcançados durante a COP 16, em dezembro passado.
Desde a UNFCCC entrou em vigor em 1995, a Conferência das Partes (COP) da UNFCCC têm se reunido anualmente para avaliar o progresso em lidar com as mudanças climáticas.
A COP adota decisões e resoluções, publicadas em relatórios do COP. Sucessivas decisões tomadas pelo COP compõem um conjunto detalhado de regras para a execução prática e eficaz da Convenção.
Forte apelo por negociações climáticas responsáveis marca início da COP 17
Ativistas do Greenpeace, vestidos de árvores, protestam contra o desmatamento da Amazônia no Brasil, nesta terça-feira (29), na cidade sul-africana de Durban. O protesto ocorre no segundo dia da Conferência do Clima da ONU (Foto: John Robinson, Greenpeace/AP.
Conferência do Clima, em Durban, é tida como a última chance de se salvar o Protocolo de Kyoto
Confira imagens da COP 17, em Durban

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Audiência pública preparatória para a Rio+20


Nesta segunda-feira, 21, a Comissão de Saúde e Meio, presidida pela deputada Marisa Formolo, realizou audiência pública preparatória para a Rio+20. Eis o pronunciamento do Irmão Antônio Cechin, sobre os catadores:



Vivemos a era do lixo
Necessidade de políticas públicas

por Irmão Antônio Cechin*

Um professor e pesquisador da universidade de Campinas (UNICAMP) tem um artigo intitulado “O triunfo do lixo”.
Começa seu artigo afirmando “se a humanidade vive a era do conhecimento, vive também a era do lixo. Do ponto de vista da quantidade, a natureza movimenta, em seu ciclo normal, 50 bilhões de toneladas de materiais por ano. Os homens, por sua vez, movimentam 48 bilhões de toneladas-ano. Destes 50 bilhões, 30 bilhões são de lixo.
Naturalmente, o lixo é problema em todos os países do mundo. A humanidade está gerando cada vez mais lixo. O Brasil é um dos que mais sofrem com este problema. Na escala da humanidade, o Brasil ocupa, proporcionalmente à sua população, um dos primeiros lugares. Ele é um dos maiores geradores de lixo. Nossa população nacional equivale a 3,06 % do total mundial e seu produto interno bruto (PIB) corresponde a 3,5 % da riqueza global. Porém os brasileiros descartam 5,5 % do lixo do planeta.
Entre os anos de 1991 a 2000 – os últimos 10 do milênio – a população brasileira cresceu 15,6 %. No mesmo período, o país ampliou seus descartes em 40 %. Em 2009, o aumento da população foi da ordem de 1 %, porém a geração de rejeitos aumentou 6 %. O lixo cresce hoje, no Brasil, seis vezes mais que sua população. Trata-se de uma expansão perversa.
Face ao lixo nossos governos não agem. A sociedade não faz a sua parte e o cidadão individualmente não se movimenta. O resultado dessa combinação é dramático. A continuar assim, o lixo vai inviabilizar a sociedade humana. Se o primeiro dilúvio do mundo foi de água, vem aí o segundo, o do lixaredo, especialmente o dilúvio de plástico.
Os únicos que tem trabalhado em favor da sociedade são os catadores de lixo, que em vez de serem parabenizados, são discriminados e maltratados tanto pelas elites quanto pelo poder público.
Para se ter uma idéia, dos resíduos secos gerados no país, 13 % são recuperados. Destes, 98 % são coletados pelos catadores e apenas 2 % pelos programas de Coleta Seletiva de Lixo. Em 2010, pasmem, dos 5.565 municípios brasileiros, somente 142, ou 2,5 % do total, mantinham algum tipo de parceria com esses trabalhadores da catação. Eles são os grandes heróis nacionais do meio ambiente, uns autênticos PROFETAS DA ECOLOGIA, fazendo sua pregação concreta em ruas e praças de nossas cidades.
O problema do lix0o é complexo. Envolve absolutamente todas as pessoas do mundo e todas as instituições possíveis e imagináveis. Tarefas inadiáveis se impõem. Deter-nos-emos nas três consideradas clássicas: 1) REDUZIR a quantidade de lixo; 2) REUTILIZAR tudo o que for possível que rola no lixo; 3) RECICLAR. São os famosos 3 R: reduzir, reutilizar e reciclar.
Em questão de RESÍDUOS SÓLIDOS, como já dissemos, o CARA é o CATADOR. Ele é o Herói, o Profeta da Ecologia e o Médico do Planeta. É o cidadão 3 erres!... De pária da civilização urbana, de mendigo, de faminto na maioria das vezes vítima de êxodo rural, acuado pela fome, começou a vasculhar lixeiras em busca de restos de comida e aos poucos deparou com algo mais. Constatou que jogadas fora estão coisas que tem valores, que ainda servem para alguma coisa. Mudou a própria definição daquilo que se designava pela palavra lixo a ser descartado absolutamente. Grudou-se às lixeiras em vez de roubar ou assaltar. Recusou-se a mendigar um pedaço de pão junto ás portas das casas. Diferentemente do normal dentro do capitalismo, sem capital nenhum, com investimento zero, arranjou seu próprio emprego: o de catador, profissão ainda não regulada. O catador é um sobrevivente graças ao lixo. Auto-erigiu-se à categoria de cidadão, virou caminhante por ruas e vielas das cidades. Perambula teimosamente decidido a não se transformar em mais um consumista e produtor em excesso de descartáveis. Quando ORGANIZADO em coletivos de trabalho pode ajudar em transformar simples coletivos em Comunidades Ecológicas de Base, Ecumênicas de Base e até Eclesiais de Base. Desencadeia todo um processo produtivo capaz de ir ao encontro de verdadeira cordilheira dos Andes formada de montanhas de lixo. Ele já recolhe atualmente, no Brasil 92 por cento de todo o lixo destinado à reciclagem contra apenas 6 % do recolhido por toda a máquina da tão decantada parafernália dos governos municipais. Como se poderia negar-lhe o epíteto de SENHOR REDUTOR por excelência de Lixo? Isso naturalmente se fosse instituído um prêmio em favor de quem trabalha duro como na parábola do beija-flor que com seu biquinho sua em bicas para extinguir florestas assoladas por incêndio. Através da TRIAGEM, com suas mãos movidas diretamente a energia solar, é o profissional da despoluição planetária. Foi o primeiro a trilhar, no Brasil, o CAMINHO DO SOL que é fonte única de todas as energias limpas ou suaves do planeta TERRA.
Andamos necessitados, no trabalho com catadores, de POLÍTICAS PÚBLICAS, em primeiro lugar a fim de que todos os que produzem lixo, sem exceção de espécie alguma, colaborem com os catadores no sentido de diminuir a produção de descartáveis.
Quando a sociedade humana era quase totalmente rural não existia lixo. No campo não existe lixo.
Hoje infelizmente, não existe mais a roça ou o campo. Tudo no planeta é urbano ou no mínimo rur-urbano principalmente por causa das EMBALAGENS que invadiram absolutamente todas as regiões. Sem embalagens, o consumismo nas compras praticamente não existiria.
Leis devem obrigar a todo cidadão a separar lixo seco de lixo orgânico, num primeiro momento.
Num segundo momento, parte do lixo orgânico não deve sair para a rua para os containers como os que acabam de ser criados em Porto Alegre e que estão sendo incendiados.
Dou um exemplo: lá em casa, somos dois manos. Na sacada do apartamento temos uma caixa em que colocamos tudo o que é vegetal que antes era descartável. É o nosso minhocário. Trabalhando em periferias, havíamos feito uma experiência na cidade de Canoas. Pesquisando sobre as despesas relativas à alimentação dos operários, descobrimos que 70 % delas eram com vegetais como saladas e frutas extraídas da terra. Destinando o que é vegetal para o minhocário, além de produzir TERRA VIVA, diminuímos em 70 % nosso lixo residencial porque uma parte dele vai para a coleta seletiva e a outra para as minhocas. Nem é preciso ter uma sacada para a façanha. Uma gaveta de uma cômoda resolve admiravelmente o problema. Transformamos o problema lixo em solução para os catadores e ao mesmo tempo para as despesas da prefeitura que faz a coleta, porque só mandamos para a rua 30 % do que mandávamos antes.
Inteligente é a Lei dos Resíduos Sólidos do ex-presidente Lula que hoje deve ser a inspiradora de todas as políticas públicas em torno do assunto. Essa lei coloca nas mãos dos COLETIVOS de trabalho dos catadores, toda a cadeia produtiva de resíduos sólidos desde a coleta seletiva, passando pela triagem, a prensagem, o artesanato de sucata, a fabricação de novos objetos, a central de vendas, etc.
Existe na praça uma fantástica oferta mão de obra disposta a trabalhar em resíduos sólidos. Ela está espalhada por toda a cidade, desde as periferias até o centro. E dizer que só existem em Porto Alegre, 17 coletivos de trabalho atendendo, no máximo a uns 600 catadores. A maioria dos ditos galpões não obedece às mínimas condições para um trabalho digno. Em cada bairro, em cada comunidade, dever-se-ia ter o correspondente local de beneficiamento dos resíduos sólidos. Eles, os próprios catadores começando pela coleta em seu próprio bairro ou comunidade.
Imaginemos a mão feminina que significa 95 % da população catadora, com um carrinho criado pela Itaipu binacional em que a mulher não dispende nenhuma energia humana para movimentar, indo com este carrinho de porta em porta falando sempre com outra mulher que é dona de casa, dentro do princípio de que “mulher com mulher se entende” explicando a separação em lixo orgânico e lixo seco e passando diariamente nas mesmas casas para a coleta. Existiria no mundo outra melhor e mais perfeita educação ecológica do que esta feita pelas casas de boca a boca?
A REUTILIZAÇÃO dos materiais depois de separados se dá pela devolução de objetos em condições para isso, tais como garrafas de vidro, frascos em geral e outros tipos de objetos. Dá-se também através de artesanato bem montado junto a cada coletivo, como por exemplo a fabricação de sabão com resíduos de óleo de cozinha, fabricação de papel, trituração de plástico a partir de moinho caseiro, e mesmo outra etapa que é a fabricação de matéria prima plástica através de uma estrusora. Isso já havíamos conseguido 30 anos atrás em alguns dos galpões existentes na época. Se ao lado de Galpões de Catadores temos uma rede de unidades diversificadas em regime de economia solidária, tudo fica mais fácil.
A RECICLAGEM que unifica toda a cadeia produtiva em questão de resíduos sólidos através de coletivos necessita naturalmente de assessorias preparadas tecnicamente e pedagogicamente. Do contrário, a partir das relações de exploração que é o apanágio do sistema capitalista, os coletivos de trabalho tendem a imitar o modelo capitalista avassalador. Hoje o novo, a grande alternativa ao capitalismo, é o estabelecimento de relações interpessoais ricas entre os que trabalham em um mesmo galpão. É só com solidariedade e trabalho em mutirão, que gente pobre passa a se relacionar em sadia relação de colaboração, como autênticos irmãos à semelhança do que existiu no Brasil e que ainda continua a existir entre índios e quilombolas, modelos da economia solidária com que sonhamos.
Concluindo: o personagem-chave da solução do problema do lixo no Brasil, é o catador enquanto organizado em coletivos de trabalho, não descartando, porém o catador como trabalhador isolado buscando sustento para sua própria família. Como tal deve ter seu trabalho respeitado, dignificado e ser sujeito de políticas públicas que lhe forneçam as melhores e mais vantajosas condições de formação e trabalho.
As soluções que o sistema capitalista propõe e que passam por cima do trabalho e dos interesses dos catadores tem o vício de origem de serem apenas com intenções lucrativas e eminentemente anti-ecológicas como é por exemplo o caso das empresas incineradoras de lixo, mesmo as produtoras de energia. Através da incineração acaba-se com qualquer resquício de vida nas cinzas. Isso fere o princípio de toda a verdadeira ecologia: “tudo o que vive merece viver”. Em materiais orgânicos produzidos pela natureza, mesmo nos descartados, sempre restam milhões de células vivas. Se devolvemos nem que seja apenas uma célula viva à Mãe Terra, a natureza agradece. Além disso, queimando milhares de toneladas de lixo, uma incineradora acaba tornando inviáveis milhares de empregos para catadores. É toda uma mão de obra que voluntariamente se apresenta para o novo de uma economia solidária, alternativa ideal para a economia capitalista de classes irreconciliáveis porque estabelece sempre relações de exploração.
Meus amigos e minhas amigas:
Oxalá se abram alas aos atuais PROFETAS DA ECOLOGIA: catadores carrinheiros através de ruas e praças e catadores galponistas organizados em coletivos de trabalho! Os catadores do Brasil, conforme estimativa somando em torno de um milhão e quinhentos mil, pedem passagem!

*Antônio Cechin nasceu em Santa Maria/RS, no dia 17 de junho de 1927 e é Irmão Marista, miltante dos movimentos sociais, fundador da CPT RS, Pastoral da Ecologia e da ONG Caminho das Águas e autor do livro Empoderamento Popular. Uma pedagogia de libertação. Porto Alegre: Estef, 2010.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Seu lixo pode dizer muito sobre você...



O Lixo

-Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é
Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?

Luis Fernando Veríssimo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Desafio plante em um click: será possível?

Como todos sabem, o submarino viagens e a S.O.S Mata Atlântica iniciaram a cerca de dez dias atrás a campanha: "desafio plante em um click", que tinha por objetivo fazer com que 8 milhões de internutas entrassem no link: http://www.submarinoviagens.com.br/planteem1click e assim doassem 8 mil árvores em oito dias para a mata atlântica.
No entanto, com o final da campanha apenas 1637 árvores foram doadas, porém a submarino ainda mantêm a camapanha no ar, e essa só se finalizará depois que as 8 mil árvores forem doadas para a mata atlântica. Uma ótima ação não acha?
Abaixo está o recado que a submarino postou no site da campanha:

" Olá, pessoal.
Gostaríamos de agradecer as milhares de pessoas e aos artistas que abraçaram essa causa e fizeram que, em oito dias, conseguíssemos doar 1637 árvores para a SOS Mata Atlântica. Foram doadas também 110 árvores, diretamente no site da SOS Mata Atlântica.
Acompanhe o plantio de todas essas árvores pelo link: www.florestasdofuturo.org.br
Nós juntamente com as pessoas que participaram dessa ação acreditamos que podemos fazer a diferença em prol ao mundo melhor!
Então, assumimos o compromisso de deixar esse site no ar até conseguimos as 8 mil árvores. Precisamos da sua ajuda para alcançarmos esse objetivo.
Continuem participando e divulgando o plante em 1 click!
Att,
Submarino Viagens"

Então, será que vamos conseguir doar as 8 mil árvores? Divulguem essa campanha e participem entrando no link:
http://www.submarinoviagens.com.br/planteem1clickNo twitter, divulguem o #planteem1clickA natureza merece essa ajuda!

domingo, 13 de novembro de 2011

O que você está fazendo para salvar o planeta?

“Você já assistiu a filmes cheios de catástrofes, viu as previsões assustadoras nos jornais e na tv, teve longas conversas com os amigos. Agora, está na hora de arregaçar as mangas. Se você não sabe o que fazer para ajudar a esfriar o planeta, inspire-se nas personalidades. Aqui, elas mostram que até pequenas mudanças de hábito podem causar grande impacto na natureza.
Paola Oliveira (Atriz)
O hábito é recente, mas ela garante que já está totalmente incorporado em sua rotina. ‘Não sei mais misturar tudo. Aprendi como é importante selecionar o lixo.’ Boa pedida: separado, o lixo pode ser reciclado. Só para ter uma idéia, uma latinha leva cem anos para se decompor naturalmente; o plástico, 450 anos; e o vidro, 5.000. Quando vai às compras, Paola também tenta usar a menor quantidade possível de sacolas plásticas e, se pode, até dispensa o saquinho
Christiane Torloni e Victor Fasano (Atores)

Durante as gravações da minissérie ‘Amazônia – de Galvez a Chico Mendes’, eles, sensibilizados com a destruição da floresta, criaram o movimento ‘Amazônia Para Sempre’.
(www.amazoniaparasempre.com.br)
‘É a última e a maior floresta tropical do planeta’, diz Victor. ‘O objetivo é fazer com que seja cumprida a lei, que diz que a Amazônia é patrimônio nacional’, afirma Christiane. ‘Somos um povo da floresta’, continua ela.
Maria Clara Gueiros (Atriz)
Ela vendia tortas antes de estourar como comediante na tv – ficou conhecida no programa ‘Zorra Total’ (Globo) com o bordão ‘Vem cá, eu te conheço?’. Nem por isso deixou para trás os prazeres da cozinha. ‘Sempre separei o óleo que uso nos meus quitutes. Nunca jogo no ralo da pia porque sei que prejudica a saúde dos rios.’
Guisela Rhein (Modelo)
Ela já desfilou para John Galliano, Ralph Lauren e Ungaro, e acaba de fazer a campanha de cosméticos da Dior. Era pouco conhecida por aqui, até aparecer na última São Paulo Fashion Week, em junho. ‘Eu adoro o que faço, mas jamais vou entrar numa passarela usando uma peça que representa uma matança’, afirma. A top garante que não desfilaria assim por dinheiro nenhum. ‘Nem por US$ 1 milhão.’
Jorge Espírito Santo (Diretor do GNT)
Ele se preocupa com a ‘terrível’ previsão de falta de água. ‘Tomo banhos mais curtos.’ Ele está certo. Estimativas dão conta que, até 2030, um em cada três habitantes no mundo não terá acesso à quantidade de água potável de que precisa para viver. Mas mania mesmo Jorge, de 44 anos, tem com o gasto desnecessário de energia. Fica incomodado com eventuais desperdícios até na casa de quem não conhece direito. Mas não se inibe: vai ao interruptor e apaga a luz.
Juliana Knust (Atriz)
Ela sabe que o monóxido de carbono lançado na atmosfera pelos carros diariamente é um dos maiores vilões do aquecimento global e um dos poluentes mais agressivos para a natureza e a saúde. ‘Deixar o carro na garagem, sempre que posso, é a minha contribuição para a Terra, que ainda rende benefícios para mim’, diz Juliana.
Sandra de Sá (Cantora)
Ela, que também é atriz de cinema – interpretou Maria no longa-metragem ‘Antônia’ – fica indignada com a sujeira jogada nas ruas. ‘Não agüento ver papel, lata, garrafa de plástico nas calçadas ou nas praias.’ E não fica parada, esperando que alguém limpe. ‘Recolho tudo o que vejo pela frente. Precisamos cuidar do meio ambiente, isso é coisa séria.’ O lixo jogado nas ruas é levado pelos ventos e pelas chuvas para os rios e isso acaba causando mais enchentes, especialmente nas grandes cidades.”
E você? O que está fazendo pelo planeta?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Armadilha para pernilongo ecologicamente correta.

SERVE PARA QUALQUER PERNILONGO, e MESMO O DA DENGUE, MOSQUITOS e INSETOS VOADORES:




Como matar mosquitos ecologicamente correto.


Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.


O que nós precisamos é, basicamente:


200 ml de água,


50 gramas de açúcar mascavo,


1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontra em qualquer supermercado ) e


uma garrafa plástica de 2 litros






Como fazer:

Corte uma garrafa de plástico (tipo PET) ao meio. Guardar a parte do gargalo



Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixe esfriar. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa.

Acrescentar a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono
Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.



 
 Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.



 Em duas semanas você vai ver a quantidade de pernilongos e mosquitos que morreu dentro da garrafa.





Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução de pernilongos e mosquitos, podemos utilizar este método muito útil em: Escolas, Creches, Hospitais, residências, sítios, chácaras, fazendas, floriculturas. etc.



Não se esqueça da Dengue nos próximos meses: este pernilongo pode matar uma pessoa!

Onda verde


DESABAFO
 
Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:
 
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma
vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
 A senhora pediu desculpas e disse:
 - Não havia essa onda verde no meu tempo.
 O empregado respondeu:
 - Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração
não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.
 - Você está certo - responde a velha senhora
  - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e
cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a
fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e
eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas
outras vezes.
 
  - Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo.
Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos
escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro
de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois
quarteirões.
 
Mas você está certo.
 
- Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas
de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas
secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas
bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente
secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham
sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
 
Mas é verdade.
 
-  não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela
época só tínhamos  uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada
quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do
tamanho de um estádio; que depois será descartado.
 
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia
máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um
pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo,
não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para
começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina
apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que
exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a
uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
 
Mas você tem razão.
 
- não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos
diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos
plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas:
recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma
outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os
aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem
corte.
 
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as
pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas
ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi
24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de
tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós
não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas
de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
 
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente,
mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na
minha época?

Read more: http://ajudandonatureza.blogspot.com/#ixzz1dAP1JL

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reciclagem e coleta seletiva

 

Reuters
Cada brasileiro produz, em média, 1 quilo de lixo por dia, uma quantidade pequena se comparada com os 3 quilos de cada americano. Mas, somando o descarte de todos os cidadãos, o monturo diário no Brasil chega a 170.000 toneladas. Dessa montanha de sujeira, o país reaproveita apenas 11% - cinco vezes menos do que os países desenvolvidos. A maior porção desses detritos é matéria orgânica, que pode ser convertida em adubo. O que resta é composto, majoritariamente, por vidros, plásticos, papéis e metais, os materiais recicláveis por excelência. Os índices brasileiros de reciclagem desses produtos variam muito. O Brasil é campeão mundial no reaproveitamento de garrafas PET e latas de alumínio, mas, por outro lado, despeja a maior parte dos plásticos e latas de aço nos "lixões" a céu aberto. Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema público de coleta seletiva. Dar um destino adequado ao lixo é um dos grandes desafios da administração pública em todo o planeta. Atualmente, compram-se muito mais produtos industrializados do que na década passada, incluindo alimentos e bebidas. Alguns países, porém, já descobriram como transformar objetos sem valor num grande negócio. Conheça os principais processos de reciclagem, seus benefícios e os índices brasileiros e mundiais.
1. O que é reciclagem?
2. Que tipos de materiais podem ser reciclados?
3. O que impede a reciclagem de um material?
4. Como funcionam os principais processos de reciclagem?
5. Dá para reciclar matéria orgânica?
6. Quais são os benefícios trazidos pela reciclagem?
7. Quanto o Brasil recicla?
8. Quais cidades brasileiras podem ser tomadas como exemplos?
9. Por que em alguns municípios há programas de reciclagem e em outros não?
10. Quais são os países que mais reciclam no mundo?
1. O que é reciclagem?
A partir da década de 1970, a preservação do meio ambiente passou a ser uma das grandes preocupações mundiais. Preocupação que se voltou, principalmente, para o aumento da produção de lixo, alavancado pela proliferação das embalagens e produtos descartáveis. A palavra reciclagem ganhou, na ocasião, sua acepção ecológica. E de lá para cá, passou a designar o conjunto de técnicas que busca reprocessar substâncias jogadas no lixo para que elas se tornem novamente úteis e possam ser reinseridas no mercado. Ela é um dos fins - certamente o mais lucrativo e ecológico - que os resíduos podem ter. Mas nem todo material pode ser reciclado. E para cada um daqueles que podem ser reaproveitados existe uma forma adequada de reciclagem. Nesse processo, a coleta seletiva é fundamental e consiste, basicamente, na separação e no recolhimento do lixo.
 

2. Que tipos de materiais podem ser reciclados?
Os principais materiais recicláveis são o metal, o vidro, o plástico e o papel. Dentre eles, porém, há exceções. Lâmpadas fluorescentes, por exemplo, não costumam ser recicladas e devem, portanto, ser depositadas no lixo comum, assim como os espelhos. Constam ainda dessa lista cerâmicas, objetos de acrílico, papéis plastificados (como o das embalagens de biscoito), papel-carbono, papel higiênico, fotografias, fitas e etiquetas adesivas, bitucas de cigarro, fraldas, absorventes e guardanapos. As baterias de telefones sem fio, de filmadoras e de celulares podem ser reaproveitadas, assim como as pilhas comuns.
 

3. O que impede a reciclagem de um material?
Se o processo de reciclagem for muito caro, ninguém irá fazê-lo, muito menos a iniciativa privada, que hoje é responsável por grande parte do processamento de substâncias para serem reutilizadas. Ou seja, até existem técnicas de reciclagem para alguns materiais que não são reaproveitados, mas os procedimentos consomem muita energia ou exigem equipamentos caros. O desafio é desenvolver processos que tragam retorno financeiro, ou que pelo menos compensem o investimento. No Brasil, a reciclagem de pilhas ainda não é feita em escala industrial justamente pelo alto custo do processo. O desmonte das peças, sempre compostas por muitos elementos, alguns deles tóxicos, é muito trabalhoso. Outro problema a ser superado é o lixo poluído. É preciso garantir que os resíduos cheguem à fabrica de reciclagem em bom estado. Isso significa que o lixo seco não pode entrar em contato com os restos orgânicos. Um copo de café jogado numa lata de lixo pode comprometer a reciclagem de todo o papel ali contido. Vale lembrar que é inútil separar o lixo seco por tipo de material - as empresas e cooperativas sempre fazem uma nova triagem. Amassar latas e garrafas PET ou desmontar as embalagens longa-vida também são medidas que não encurtam em nada o processo de reciclagem.
 

4. Como funcionam os principais processos de reciclagem (papel, metal, vidro e plástico)?
Metais e papéis: nesses casos, a primeira etapa da reciclagem, a coleta seletiva, costuma ser feita por catadores. São eles que recolhem os restos nas ruas e vendem o material, já compactado e limpo, às empresas recicladoras. O processo de reaproveitamento do alumínio, o metal mais reciclado, consiste na retirada de impurezas (como areia, terra e metais ferrosos), na remoção das tintas e vernizes e, por fim, na fundição do metal. Num forno especial, ele se torna líquido, para ser, então, laminado - o combustível queimado nesta etapa pode provir do gás gerado nas fases anteriores. São essas chapas que são transformadas em novas latas.
Papel: assim que chega à indústria da reciclagem, é cortado em tiras e colocado num tanque de água quente, onde é mexido até que forme uma pasta de celulose. Na fase seguinte, drena-se a água e retiram-se as impurezas. O preparado é, então, despejado sobre uma tela de arame. A água passa e restam as fibras. O material é seco e prensado por pesados cilindros a vapor e alisados por rolos de ferro. Está, então, pronto para ser enrolado em bobinas e ser papel de novo.
Plástico: a reciclagem pode ser feita de duas maneiras: com ou sem a separação das resinas. O primeiro processo é mais caro para os brasileiros, uma vez que requer equipamentos que não são fabricados no país. O resultado desta técnica é a chamada madeira plástica, usada na fabricação de bancos de jardim, tábuas e sarrafos. O outro processo, mais comum, inicia-se pela separação dos plásticos conforme sua densidade. Depois, são triturados até virarem flocos do tamanho de um grão de milho. Já lavados e secos, os flocos são vendidos às fábricas que confeccionam artefatos de plástico.
Vidro: a primeira etapa do processo de reciclagem é separá-lo conforme a cor - o incolor é o de melhor qualidade. Em seguida, o material é lavado e ocorre a retirada de impurezas, como restos de metais e plástico. Um triturador, então, transforma o vidro em cacos de tamanho homogêneo. Antes de serem fundidos, os pedaços são misturados com areia e pedra calcária. Sem que resfriem, recebem um jato de ar quente para tornarem-se mais resistentes. Estão, enfim, prontos para serem utilizados mais uma vez.
 

5. Dá para reciclar matéria orgânica?
Sim. Matéria orgânica - sobras de comidas, legumes, verduras e frutas estragadas, cereais, sementes, casca de ovos, pão embolorado, aparas de lápis apontado, saquinhos de chá, guardanapos de papel, podas de jardim, galhos, serragem, pó de café, etc. - corresponde a 65% de todo o lixo que se produz no Brasil. A reciclagem deste tipo de material chama-se compostagem. Seu papel é acelerar o processo natural de decomposição da matéria orgânica e transformá-la em adubo. O método mais comum resume-se ao revolvimento da porção de terra onde foram despejados os resíduos. Mas existem também procedimentos mais avançados. Num deles, o lixo é vertido em células de concreto que, oxigenadas, estimulam ainda mais as atividades das bactérias responsáveis pela decomposição.
 

6. Quais são os benefícios trazidos pela reciclagem?
Para se ter uma idéia, a reciclagem de uma única latinha de alumínio propicia economia de energia suficiente para manter uma geladeira ligada por quase dez horas; cada quilo de vidro reutilizado evita a extração de 6,6 quilos de areia; cada tonelada de papel poupada preserva vinte eucaliptos. Poupam-se a natureza e os gastos. No Brasil, estima-se que uma tonelada de lixo reciclado economize 435 dólares. Em 2006, com a reciclagem de 30.000 toneladas de papel, o país deixou de derrubar 600.000 árvores. A indústria também pode se beneficiar. A versão reciclada dos plásticos, por exemplo, consome apenas 10% do petróleo exigido na produção do plástico virgem - economia que vem a calhar com a escalada vertiginosa do preço do barril verificada nas últimas décadas. As vantagens também podem ser obtidas pela reciclagem do aço, cuja tonelada reaproveitada preserva 110.000 toneladas de minério de ferro, material de extração caríssima. Calcula-se que 700 milhões de toneladas de materiais de todos os tipos sejam recicladas anualmente no planeta. Isso representa um faturamento anual de 200 bilhões de dólares. Nos EUA, a reciclagem já emprega diretamente meio milhão de pessoas, o dobro do que emprega a indústria do aço.
 

7. Quanto o Brasil recicla?
O Brasil é campeão mundial na reciclagem de alumínio: mais de 1 milhão de latinhas por hora. No total, reaproveita-se 94% delas. Destas, 70% são recicladas em Pindamonhangaba, no leste paulista. O país também apresenta bons índices em relação ao papelão - 77% - e às garrafas PET - 50%. No entanto, ainda recicla pouco outros tipos de plástico, latas de aço e caixas longa-vida, cujos índices não ultrapassam os 30%. No primeiro caso, a justificativa é que a maioria das pessoas não reconhece como plástico as resinas mais maleáveis, como as das sacolas de supermercado. Por isso elas acabam no lixo comum. Já as latas de aço são pouco recicladas porque há resistência das pessoas em guardá-las no lixo de casa. Diz-se delas que são "volumosas" e "difíceis de amassar". A tecnologia para reciclar as caixas longa-vida, que permite separar as seis camadas que compõem a embalagem, é recente e, por enquanto, poucas pessoas a possuem no Brasil.
 

8. Quais cidades brasileiras podem ser tomadas como exemplos?
Os cinco municípios brasileiros onde a prefeitura faz chegar o serviço de coleta seletiva a 100% das residências são Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP) e Santos (SP). Em Curitiba, por exemplo, a fórmula que deu certo inclui o uso de caminhões que recolhem apenas o lixo seco, sem nenhum resto orgânico. O resultado: o lixo fica mais limpo e acaba vendido por um preço mais alto às indústrias de reciclagem. Isso ajuda a tornar o sistema de coleta seletiva em Curitiba mais barato (e viável) que o da maioria das cidades brasileiras.
 

9. Por que em alguns municípios há programas de reciclagem e em outros não?
Todo o resíduo de uma cidade é de responsabilidade das prefeituras. Dessa maneira, se não existirem iniciativas municipais, dificilmente a reciclagem será massificada. Outra situação a ser vencida é a falta de mecanismos de coleta seletiva. Essa etapa inicial e fundamental da reciclagem é realizada pelos órgãos públicos em cerca de 6% dos municípios brasileiros. A situação levou à formação de cooperativas de catadores de lixo e de empresas privadas especializadas, que enxergaram na coleta seletiva e na reciclagem uma forma de ganhar dinheiro. Na capital paulista, por exemplo, um estudo identificou, em 2002, cerca de setenta associações que coletam, fazem a triagem e comercializam material reciclável.
 

10. Quais são os países que mais reciclam no mundo?
Entre os países que mais reciclam estão os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a Holanda. Os EUA, por exmplo, conseguem reaproveitar pouco mais da metade do que vai parar nas lixeiras. Na Europa Ocidental, virou rotina nos supermercados cobrar uma taxa para fornecer sacolas plásticas. Os clientes levam as suas de casa. Também na Europa, o bom e velho casco (de vidro ou de plástico) vale desconto na compra de refrigerantes e água mineral. Para a redução do lixo industrial, a União Européia está financiando projetos em que uma indústria transforma em insumo o lixo de outras fábricas. Até a fuligem das chaminés de algumas é aproveitada para a produção de tijolos e estruturas metálicas.