segunda-feira, 31 de outubro de 2011

consórcios públicos e municípios para a elaboração dos Planos de Resíduos Sólidos.

O Ministério do Meio Ambiente divulgou ontem um Edital de Chamada Pública para apoio aos Estados, Distrito Federal, consórcios públicos e municípios para a elaboração dos Planos de Resíduos Sólidos. O diretor do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Silvano Silvério, reforçou que esta é a última chamada para e elaboração dos planos, que, de acordo com Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e seu decreto regulamentador nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, devem estar prontos e em pleno funcionamento até 2014. “A hora é agora. Em agosto de 2012 só poderão pleitear recursos da União quem tiver o Plano”, reforçou.
Silvano Silvério apresenta o Edital de última chamada para elaboração dos Planos de Resíduos pelos municípios
Os projetos poderão receber entre R$ 600 mil e R$ 1,8 milhão, de acordo com porte do município ou consórcio intermunicipal. Cidades que serão sedes de jogos da Copa do Mundo precisam ter plano de coleta seletiva. As propostas devem ser enviadas pelo chefe do Executivo ou presidente do consórcio público intermunicipal até o dia 17 de novembro de 2011.  

Ultilidades das garrafas pet e da Reciclagem

Casa feita com garrafas Pet
Idéias para reciclagem de garrafas PET não faltam. Elas vão desde enfeites de Natal, até poltronas, camisetas e, acredite, varal.O trabalho que podemos desenvolver só trás benefícios para a comunidade, como inclusão social, geração de trabalho e renda, melhoria nas condições de trabalho dos cooperados, destinação adequada dos resíduos recicláveis, incentivo à reciclagem, sustentabilidade ambiental (preservação dos recursos naturais e economia de energia), prática da cidadania, mudanças de hábitos e aumento da vida útil do aterro sanitário.

Desde que o conceito reciclagem surgiu, a preservação do meio ambiente é a principal meta. Entretanto, o progresso das técnicas viabilizou muitas atividades industriais, tornando a reciclagem também uma alternativa de investimento e geração de trabalho e renda.


"Salvar o meio ambiente e diminuir a poluição é tarefa de todos,o primeiro passo é conscientizar as pessoas para poder-mos manter o meio ambiente limpo."

sábado, 29 de outubro de 2011

Prazo para apoiar projeto Bike Anjo acaba hoje


Hoje é o último dia para apoiar o projeto Bike Anjo, que coloca em contato ciclistas experientes, dispostos a ajudar iniciantes, e pessoas que querem começar a pedalar em diferentes cidades. Os voluntários, os Anjos, indicam os melhores trajetos, acompanham o ciclista iniciante nas primeiras pedaladas e dão dicas básicas para lidar com a bicicleta.

Para saber mais e encontrar os ciclistas voluntários, basta acessar o site do Bike Anjo. Para contribuir financeiramente, acesse a página do projeto no Catarse.

O Catarse é uma plataforma de financiamento colaborativo de projetos de pessoas ou empresas. O autor descreve a sua ideia no site e quanto necessita arrecadar em até 90 dias para financiar o projeto. Os usuários interessados em contribuir doam o valor que desejam e, em troca, ganham uma recompensa determinada pelo autor. Se o total indicado for arrecadado, o autor recebe o dinheiro, pagando uma taxa de 5% para o Catarse. Caso o valor não seja alcaçado, os doadores recebem o dinheiro de volta e o autor do projeto não paga nada.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental


Entre os dias 17 e 19 de novembro será realizado na PUC Rio (Rua Marquês de São VIcente, 225 - Gávea – Rio de Janeiro) o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. O evento tem como público-alvo jornalistas, assessores de imprensa e profissionais de comunicação ligados a temas ambientais e de sustentabilidade, estudantes de comunicação e pesquisadores em comunicação socioambiental e em sustentabilidade, e como foco principal a cobertura da conferência Rio + 20.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do CBJA.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lixo no seu lugar

Seja um cidadão

Muito mais comum do que deveria ser, é a atitude de muitas pessoas que jogam lixo nas ruas. Incompreensível que esse comportamento seja executado tão naturalmente, que elas nem imaginam que estão cometendo um ato contra a cidadania.
Mesmo que você não encontre, um local adequado para jogar o lixo que tem em suas mãos, guarde-o e espere até encontrar um. Isso não causa nenhuma dificuldade e o resultado é absolutamente imenso, se cada indivíduo tiver responsabilidade sobre o seu lixo.

Quando você simplesmente se desfaz dele, de forma incorreta, você está gerando um problema que afetará outras pessoas e até mesmo você.
Além de tornar as ruas da cidade mais feias e sujas, com as chuvas esse lixo vai entupir bueiros e gerar enchentes que invadirão automóveis, casas, destruindo patrimônios e até matando pessoas.
É uma atitude tão simples que deveria fazer parte do comportamento natural das pessoas. Não precisaria ser lembrada e nem ensinada. É uma questão de bom senso.
Mesmo com as operações de verão, onde a ACMRI estava distribuindo sacos plásticos para os banhistas, orientando para manterem as praias limpas, em gente que não respeita e continua jogando lixo na areia. Portanto, mesmo estando no século 21, precisamos, infelismente, continuar ensinando, insistindo e educando a população.
O planeta precisa ser bem cuidado e ele é a nossa casa.
Imaginamos que as mesmas pessoas que jogam lixo nas ruas o façam nas suas casas também. Comem uma bala e jogam o papel no chão da sala. Lêem um panfleto publicitário e jogam no chão da cozinha. Se não fazem em suas casas, porque nas ruas da sua cidade, do seu bairro?
A questão é simples, mas parece que algumas pessoas não conseguem compreender. E para elas é necessário campanhas do governo explicando que essa atitude não é correta.

A educação deve iniciar em casa, com os pais dando exemplos de que o lixo deve ir para a lata de lixo. Existem muitas dessas latas, em todos os lugares. A escola também tem que fazer seu papel de educadora de cidadãos.
Mas, cada um deve fazer sua parte, assimilando os bons comportamentos que são praticados por pessoas educadas.
Aprendemos muito observando como pessoas que admiramos se comportam. Vamos dar o exemplo fazendo as coisas corretamente.
- Nunca jogue lixo pela janela do carro. Use o saquinho que é fornecido gratuitamente pelos postos de gasolina e lava - rápido,
- Papéis de bala, panfletos, embalagens de alimentos, jogue no lixo ou guarde até encontrar um local adequado, para jogar fora,
- Bitucas de cigarro, após devidamente apagadas, devem ir para o cinzeiro ou lata de lixo também. A rua, o gramado, a areia, o rio, o mar não são os lugares que devem recebê-las,
- Material reciclável deve ter um destino específico e não deve ser jogado fora de um local adequado. Quantas garrafas pet bóiam nos nossos rios. Não é o lugar onde deveriam estar.
É muito triste sabermos que coisas tão simples, como cada um cuidar do seu próprio lixo, tenha que ser um assunto a ser ensinado.
Porém, sempre que houver uma esperança de que algo pode ser melhorado, deve existir alguma atitude no sentido de alcançar esse objetivo.  
VAMOS INCENTIVAR A CONSCIENTIZAÇÃO DE PRESERVAÇÃO. TODOS NÓS FAZEMOS PARTE DESTE PLANETA QUE HOJE ESTÁ TÃO AMEAÇADO E DEPENDENTE DE NOSSAS AÇÕES. SE FIZERMOS NOSSA PARTE, CERTAMENTE TEREMOS INICIADO A SUA RECUPERAÇÃO E ISTO SERÁ NOSSO LEGADO AS GERAÇÕES FUTURAS." Acesse-acmri.blogspot.com me ajude a propagar essa ideia. Associação de Catadores de Materiais Recicláveis

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

OS 5 Rs

 

Quando se fala de resíduos sólidos, ou seja, de lixo, existem as dicas dos R’s. Alguns materiais falam em 3 R’s, outros em 4 e outros em 5 R’s, afinal qual utilizar?
Antes de decidir qual conceito de R’s se aplica ao seu caso, primeiro é necessário saber o que em geral eles querem dizer:

3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
4 R’s: Reduzir, Reciclar, Reutilizar e Reintegrar.
5 R’s: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar ( ou refletir) e Recusar.

O primeiro conceito inventado e atualmente é o mais utilizado é os 3 R’s.
O conceito de 4 R’s está ligado a gestão dos resíduos.

Os 4 R's: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Reintegrar.

Neste conceito de 4 R’s destacamos bem a diferença entre reciclar, reutilizar e reciclar:
Reciclar: Mandar o produto de volta para o processamento após sua utilização, exemplo: latinha de alumínio volta para a indústria de latinhas;
Reutilizar: Após o uso, reutilizar o produto para outro fim, exemplo: pegar um pote de vidro vazio e usar para guardar moedas;
Reintegrar: Reintegrar o produto a natureza, ou seja, transformá-lo novamente em um recurso natural, exemplo: compostagem de resíduos orgânicos para fazer húmus e adubo.

Já o conceito de 5 R’s foi adaptado para favorecer processos de Educação Ambiental, pois é um conceito mais prático e mais aplicável no nosso dia a dia como consumidores.
No seu dia a dia, pratique os 5 R’s: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar e Recusar.

O primeiro passo é REDUZIR a quantidade de lixo que a gente produz.
Depois REUTILIZAR tudo que pudermos e RECICLAR.
REPENSAR nosso comportamento diário.
RECUSAR produtos que agridem a saúde a o meio ambiente também é colaborar com o processo de conservação.

MMA QUER LIXÕES DESATIVADOS EM 2014


LIXÃO DE ITAITUBA-PA

Um dos grandes desafios para a implementação da política de resíduos sólidos é a meta estabelecida para o fim dos lixões em 2014. Mas de acordo com o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Silvério, mais importante que extinguir os lixões será mantê-los permanentemente fora de atividades até o ano de 2031, prazo de vigência do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Isso significa, entre outras atividades permanentes, a queima pontual dos gases metanos, a coleta do chorume e a drenagem pluvial.

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Nabil Bonduki, reafirma que a base para o sucesso dessa empreitada está na coleta seletiva e, para isso, os municípios têm que se mobilizar de modo intermunicipal para levar em frente a ideia dos consórcios. O secretário garante que a meta para o fim dos lixões é factível pois cerca de 58% dos municípios já destinam de maneira adequada seus resíduos.

"Os 40% que faltam estão entre os municípios de pequeno porte e destes, cerca de 800 já estão elaborando seus planos de resíduos. Portanto o prazo para o fim dos lixões tem de ser perseguido", afirma. Bonduki informa que São Paulo tem a melhor cobertura de aterros sanitários do País, e que nessa parte o estado já cumpriu seu dever de casa. "O que falta agora é a questão da coleta seletiva. Também nesse aspecto São Paulo deve dar exemplo. Daqui devem surgir inovações para a destinação final dos resíduos", disse.

Bonduki e Silvério estão em São Paulo participando da abertura da audiência pública sobre o plano de resíduos sólidos. O encontro da região sudeste conta com a participação de São Paulo e Espírito Santo. Devido a sua magnitude e complexidade, os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais debaterão o tema em datas diferenciadas. A de Minas Gerais será 25 de outubro e a do Rio de Janeiro no dia 26 do mesmo mês.

Aos participantes do encontro em São Paulo, entre eles representantes da indústria e dos catadores, o secretário Bonduki disse que o debate sobre resíduos sólidos é uma política transversal do Governo Federal, envolvendo 12 ministérios e coordenada pelo do Ministério do Meio Ambiente. "Essa discussão está no centro das agendas governamentais. Ela se articula com o projeto de desenvolvimento nacional; com o Brasil sem Miséria; com o desenvolvimento econômico; e com a agenda da cidadania", salientou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que o setor produtivo vem se preparando para enfrentar os desafios propostos pela nova lei. "Estamos divulgando em todo o estado de São Paulo as diretrizes da PNRS", informou. Segundo ele, para que a lei seja aplicada será necessária uma mudança de cultura. "É preciso haver uma conscientização coletiva", avalia. A audiência da região sudeste foi realizada na sede da Fiesp.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Resíduos sólidos: educação é prioritária para mudança de comportamento


comportamento da sociedade em relação aos resíduos sólidos, com o componente educacional que começa em casa e nas escolas. O engajamento e a mobilização popular para garantir o controle social na construção das políticas públicas para a gestão desses resíduos. Essas têm sido as bases dos debates na 2ª Audiência Pública, realizada na região Sul, que reúne os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Reunidos em Curitiba, os mais de 400 participantes da audiência, a exemplo do que já ocorreu em Campo Grande (MS), discutem a destinação ambientalmente correta de diversos tipos de resíduos; a questão econômica relacionada ao tema; e a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis.
Na abertura do evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou a importância do engajamento de todos na busca de soluções imediatas para um dos maiores problemas econômicos e sociais que o Brasil vem enfrentando. “Por isso estamos convidando a todos para esse engajamento. É essencial a participação da sociedade brasileira para que haja uma mudança de comportamento com relação aos resíduos. Sem essa participação e esse compromisso formal de todos os cidadãos não teremos como implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”.
O secretário de Meio Ambiente do Paraná, Jonel Nazareno Iurk, compartilhou a tese da importância da participação popular e da mudança de comportamento para que a implementação da nova política seja efetiva. Segundo ele, a gestão compartilhada e a responsabilidade de todos sobre o destino dos resíduos “lança um novo olhar sobre a questão”. Iurk disse que a Lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos passou a ser um divisor de águas com relação à percepção que se tem da geração de resíduos no Brasil.
O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, reiterou que não se constrói políticas públicas sem a participação social. “Para chegarmos a bons resultados, é necessária a responsabilidade compartilhada”. O secretário garantiu que não se construirá uma nova realidade sem a participação de todos os atores.
Bonduki alertou que a situação atual dos resíduos no Brasil não é boa. Falta, segundo ele, principalmente informação, conforme o indicado pelo diagnóstico realizado pelo Instituto de Políticas Econômicas (Ipea). Ele informou, por exemplo, que 75% dos municípios brasileiros têm lixões e que isso tem de ser interrompido. “A alteração dessa realidade passa pela mudança de modelo. Temos de começar a mudar tudo isso a partir de nossas casas, no processo de produção industrial, para que tenhamos menos quantidade de resíduos indo parar nos aterros”.
Ele disse ainda que é preciso mudar a mentalidade de que resíduos se constituem problemas. “Eles são recursos que vão gerar riquezas”.
O representante dos Catadores de Materiais Recicláveis, Alexandre Cardoso, alertou para a situação de exclusão do sistema econômico vivida pela sua categoria. “Quando o catador é incluído, toda sua família é incluída e a economia cresce”, disse.
O representante do Ipea, Albino Alvarez, que apresentou aos participantes o diagnóstico produzido pelo Instituto, disse que o Brasil precisa aprender com a região Sul a preocupação com o destino dos resíduos. “Aqui essa preocupação é mais enraizada. É uma questão de educação. O conjunto de experiências da região Sul deve ser compartilhada com o restante do País”, disse.
Audiências - As audiências Públicas fazem parte do processo de construção do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim como a Consulta Pública, disponível no sítio eletrônico do Ministério do Meio Ambiente, elas são instrumentos que o Estado utiliza para conversar com a população. Por meio delas, torna-se possível garantir a participação da sociedade na construção das políticas públicas.
Estão previstas cinco audiências até o início de dezembro deste ano. A primeira ocorreu em Campo Grande (MS) e reuniu todos os estados do Centro-Oeste. A segunda está sendo realizada na região Sul e a terceira está marcada para a cidade de São Paulo e, na sequência, serão realizados os encontros das regiões Nordeste (Recife) e Norte (Belém). (Fonte: Suelene Gusmão/ MMA)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

WWF adverte sobre rápida desaparição de rios em curso livre no mundo

Grande parte dos maiores rios do mundo está perdendo sua conexão com o mar, segundo a rede WWF. Além disso, quase um quarto dos rios está em risco de desconectar-se dentro dos próximos 15 anos. De acordo com um relatório do WWF, somente um terço dos 177 grandes rios do mundo (de 1.000km e maiores) seguem fluindo livremente, sem obstáculos como diques e outras barreiras. Na realidade somente 21 destes correm livremente desde suas nascentes até o mar, os outros 43 são grandes afluentes de rios como o Congo, Amazonas e Lena.
O relatório – Rios em curso livre - Luxo econômico ou necessidade ecológica? – mostra que a crescente perda de rios em curso livre é uma tendência perturbadora, pois ameaça o abastecimento de água potável, saneamento, agricultura e pesca.
"Com tão poucos rios longos de curso livre, estamos a ponto de perder um outro recurso natural sem compreender o custo total dessa perda, antes que seja tarde demais”, disse o co-autor do relatório, Ute Collier.
"É irrefutável a importância dos rios e de suas águas para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. No entanto, a degradação de um rio é como uma veia entupida de uma pessoa que pode levá-la à morte. Para mudar esse cenário é preciso ampliar a conscientização junto aos Governos na manutenção e recuperação dos regimes naturais dos rios compatibilizando os seus diversos usos como o abastecimento de água", alertou Samuel Barrêto, coordenador do programa Água para a Vida do WWF-Brasil.
O WWF afirma que não se deve subestimar a ameaça à fauna por causa das represas dos rios. Grandes populações de bagres na Amazônia e nas bacias de Mekong, golfinhos do rio na bacia de Ganges e o e o wildebeest no rio de Mara, estão ameaçados pelos efeitos de barreiras construídas pelo homem nestes rios.

Os diques podem reduzir a quantidade de peixes nativos em um rio, afetando diretamente a produtividade da pesca montante e jusante. Com o livre curso dos rios é possível regular a contaminação e nivelar os sedimentos. A carência desse nivelamento resultou na trágica inundação de New Orleans após o furacão Katrina.
"O furacão Katrina foi uma poderosa lembrança da repercussão negativa de rios alterados como o Mississipi”, disse Jamie Pittock, diretor do Programa Global de Água Doce do WWF. "A perda desse sedimento necessário para sustentar as áreas alagadas costeiras, devida às represas a montante e a canalização do rio, é um grande fator de devastação e perda de vidas”.
Os maiores rios de fluxo livre se encontram na Ásia, seguidos pela América do Sul e América do Norte. A Austrália / Pacífico tem a menor quantidade, somente três rios e na Europa, incluindo as áreas oeste do Ural, só tem um grande rio, o Pechora na Rússia, que flui livre desde sua nascente até o mar.
Para o IV Fórum Mundial da água no México de 16 a 22 de março, o WWF está chamando os governos para melhor proteger o curso livre dos rios e aplicar as recomendações da Comissão Mundial de Represas.

SBPC e ABC divulgam estudo sobre o Código Florestal

Novo documento lançado pelas entidades destaca pontos que precisam ser revistos no Projeto de Lei da Câmara 30/2011.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) encaminharam, na última terça-feira (11), ao Senado Federal, um documento no qual as entidades destacam os pontos que precisam ser revistos no Projeto de Lei da Câmara 30/2011, que trata da reformulação do Código Florestal brasileiro. Fruto de estudos de um grupo de trabalho de cientistas e pesquisadores da área, o documento se soma ao livro O Código Florestal e a Ciência - Contribuições para o Diálogo, publicado pelas duas entidades em abril deste ano.
"No primeiro estudo, publicado em livro, defendemos que a Ciência tinha que ser ouvida nas discussões do Código Florestal; é um documento mais geral que aborda como a Ciência poderia ajudar nos debates. Agora o texto é mais objetivo e ataca pontos específicos que o grupo entende que devem ser revistos, que merecem maior dedicação dos congressistas", esclarece José Antônio Aleixo da Silva, coordenador do GT e secretário da SBPC.
O documento defende que a atualização do Código Florestal precisa ser feita à luz da ciência e tecnologia hoje disponíveis e alerta aos senadores a importante missão de corrigir os equívocos verificados na votação da matéria na Câmara. De acordo com Aleixo, o estudo divulgado na terça-feira atende à demanda dos próprios senadores que querem ouvir o posicionamento dos cientistas. "Trazemos uma posição mais clara dos pontos que merecem maior atenção. Esperamos que esse texto tenha grande impacto, que seja levado em consideração, porque a briga política entorno do Código é grande", avalia Aleixo.

Destaques - O documento traz um sumário resumido e uma parte mais detalhada com bibliografia indicativa. São dez pontos de destaque, entre eles três se concentram sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Os cientistas alertam que todas as APPs de beira de cursos d'água devem ter sua vegetação preservada e aquelas em que essa vegetação foi degradada devem ser integralmente restauradas. Segundo o estudo, deve ser mantida a definição de APP de cursos d'água do Código Florestal atual e os usos ribeirinhos das APPs na Amazônia devem receber tratamento diferenciado. A definição dos limites das APPs nas áreas úmidas deve ser calculada a partir do nível mais alto da cheia conforme definição da Convenção de Ramsar (Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional) e as APPs em áreas urbanas devem ser reguladas pelo Plano Diretor da cidade.
Os cientistas alertam que é um equívoco considerar que APPs desmatadas até a data de 22 de julho de 2008, para uso alternativo do solo, sejam definidas como atividades consolidadas e por isso possam ser mantidas e regularizadas pelo Plano de Regularização Ambiental (PRA). A maioria dessas APPs foi desmatada em desacordo com a legislação ambiental vigente na época e a definição de área rural consolidada deve ser retirada do texto. O documento indica também a inclusão dos manguezais e apicun como APPs no texto do PLC 30/2011, em função de sua importância ecológica.
De acordo com o estudo, não se justifica cientificamente a inclusão das APPs no cômputo das Reservas Legais (RLs) já que apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares. Elas devem ser mantidas separadas. Os cientistas recomendam que a compensação da Reserva Legal não deve ser prevista no âmbito do bioma indistintamente, pois devido a sua heterogeneidade física, biológica e ecológica, poderá levar à compensação de áreas que não têm equivalência nem em termos de composição e estrutura, nem de função. A compensação deve ser realizada em áreas mais próximas possíveis, dentro da mesma unidade fitoecológica (mesmo ecossistema), de preferência na mesma microbacia ou bacia, para que haja a desejada equivalência ecológica.
Os pesquisadores alertam que a permissão do uso de espécies exóticas em até 50% da Reserva Legal é extremamente prejudicial para as principais funções da área: conservação da biodiversidade nativa e uso sustentável de recursos naturais. Mas o uso temporário de espécies exóticas, combinado com espécies nativas regionais nas fases iniciais de restauração de uma área, pode ser uma alternativa interessante.
O documento destaca ainda que a Agricultura Familiar é definida na Lei 11.326/2006, art.3, com quatro critérios que devem ser simultaneamente observados e dizem respeito a tamanho, mão de obra, renda e gestão. Esses critérios não podem ser reduzidos na lei apenas ao tamanho da propriedade (quatro Módulos Fiscais).

Dilema - Os cientistas ressaltam que não existe dilema entre conservar o meio ambiente e produzir alimentos, afirmando que a limitação para o crescimento da agricultura nacional se deve à falta de adequação de política agrícola e não às restrições ambientais colocadas pelo Código Florestal. O documento também trata do custo de restauração de área degradadas, que varia conforme diferentes situações, e destaca alguns serviços ambientais essenciais da vegetação ripária que justificam sua preservação e restauração.

Confira a íntegra do estudo da SBPC e da ABC sobre o Código Florestal no link: