segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nasce um novo jeito de se fazer política

Fonte: Djalma Junior
Antes de termos uma crise ambiental no mundo temos uma crise de valores. Um modelo de desenvolvimento voltado para o consumo exacerbado vem causando uma exaustão dos recursos naturais e as mudanças climáticas são a prova de que o meio ambiente vem sofrendo impactos significativos e o modelo capitalista vigente vem sendo colocado em xeque.
Por outro lado, percebe-se que desde a eco-92 a discussão ambientalista vem ocupando espaço privilegiado nos meios de comunicação e na agenda política mundial e brasileira. A prova viva disso foi a expressiva votação da ex-senadora Marina Silva do PV que conseguiu agregar segmentos que defendem a causa ambientalista trazendo para a discussão programática a temática ambiental e conseguindo uma votação expressiva de quase 20 milhões de votos.
Isso mostra que no Brasil começa a se identificar uma crise no sistema político pela forma arcaica que os partidos políticos agem. O próprio ex-presidente FHC disse que os partidos não atendem mais aos anseios da população.
O código florestal é a prova viva dessa constatação onde o mesmo foi aprovado não pelo vontade popular, mas pelo interesse de poucos, porque pesquisas mostram que 80% da população é contra o código florestal.
Essa crise política é nacional e pede um novo jeito de se fazer política. A linguagem baseada no discurso socialista está defasada e não atraia mais a juventude. Já o discurso neoliberal fracassou. Mas parece que surge uma nova linguagem estruturada nas redes sociais e baseada numa temática de complexidade ambientalista que busca revolução do pensamento, buscando a construção de uma nova ética de uma política que represente idéias e lutas e os anseios da sociedade. O eleitor está mais bem informado e o nível de exigência dos mesmos na hora de escolher seus representantes aumentou bastante.
Esse é um momento único para a sociedade onde poderemos formar um movimento composto por todas as matizes de pensamento, onde não há um líder centralizador de poder onde o diálogo em busca da sustentabilidade será o mote de todo esse processo político renovador.

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